Ano de 2019 apresenta o menor crescimento do Produto Interno Bruto dos últimos três anos. Quais as perspectivas para 2020?
O ano de 2019 demonstrou o menor crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos três anos. A atividade econômica acumulou uma expansão de 1,1%, de acordo com os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), número inferior comparado aos de 2017 e 2018, ambos de 1,3%.
Mesmo com estes dados sendo inferiores aos dos dois anos anteriores, os economistas destacam avanços ocorridos no ano passado, como a reforma da Previdência, assim como a liberação do FGTS e da política de redução da taxa básica de juros Selic por parte do Banco Central. Segundo números do BC, a concessão de crédito livre cresceu 15% para pessoas físicas e 12% para pessoas jurídicas. Além disso, a redução do risco-país, indicador que mede a desconfiança de investidores, chegando ao patamar mais baixo em dezembro do ano passado, é outro ponto de conquista.
O grande desafio para este ano é diminuir a taxa de desemprego, a qual foi de 11,8 % no último trimestre de 2019. A indústria, que é um dos setores que mais geram emprego, encontra-se com dificuldades. Este setor acumulou queda de 1,1% nos onze primeiros meses do ano passado.
Entretanto, a perspectiva para 2020, é que a economia retome de maneira mais ágil. É esperado um crescimento do PIB de 2,3% neste ano. Um dos motivos para tal fato é um avanço com mais ímpeto de privatizações do governo. “Em infraestrutura, a entrada do setor privado depende do setor público. Quando o governo faz grandes obras ou contrata grandes obras, aí a iniciativa privada entra para fazer as coisas, mas precisa da articulação do governo”, diz Paulo Gala, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e economista da Fator Administração de Recursos (FAR).
Além disso, na pauta deste ano, ainda caminham as reformas administrativas e tributária, que impactam a economia. No cenário mundial, o grande assunto é o surto do coronavírus, que afeta o cenário mundial econômico, por causa da paralisação das atividades na China, principalmente no mês de fevereiro.
Por Guilherme Nicoletto Adami.
Fonte: DW