Exportações de milho cresceram em 30% no primeiro quadrimestre de 2021

As exportações de milho cresceram no primeiro quadrimestre deste ano. Foram 3,8 milhões de toneladas até o momento, o que representa 30% (trinta por cento) a mais que no mesmo período do ano passado.

Ficou mais caro comprar milho, não apenas no Brasil, mas também no mercado externo como um todo. “Os Estados Unidos tiveram perda nas safras de dois anos seguidos. Nas últimas semanas, apareceu ainda um novo fator. A especulação de quebra na safra americana este ano, por conta de um problema de clima, que pode fazer com que haja ainda menos produto ofertado. Nada está certo ainda, mas isso deixa o mercado agitado”, explicou Flávio França Junior, analista sênior de grãos da consultoria Datagro, à Agência de Notícias Brasil Árabe. O volume de milho inspecionado para exportação em portos norte-americanos foi de 2,139 milhões de toneladas, aumento de 9,43% ante a semana anterior.

Em meio a essas dúvidas sobre a quantidade de milho, a China entrou em campo levando milhões de toneladas do milho norte-americano. Só em fevereiro deste ano, em uma compra única, o gigante asiático comprou 2,1 milhões de toneladas do produto, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). De janeiro a março, os egípcios gastaram US$ 158 milhões com compras de milho brasileiro, o que significou uma alta de 295% frente ao mesmo período de 2020. Além do Egito, Marrocos e Arábia Saudita também figuram entre grandes compradores da commodity do Brasil.

A alta nos preços tem sido favorável ao produtor, que mesmo com a leve queda do câmbio, tem negociado bem no mercado nacional. O desenrolar dessa situação pode, entretanto, causar um efeito dominó e atingir outros setores. É o caso do setor aviário, que tem no milho uma das bases da alimentação dos frangos. “O problema é que quando isso acontece um lado sai muito prejudicado, porque o comprador não consegue repassar esse aumento. Isso faz com que granjas possam fechar ou decidam investir menos em matrizes. O que acaba refletindo na comercialização de frango, por exemplo”, conclui Flávio França Junior.

Fontes: https://opresenterural.com.br
https://www.noticiasagricolas.com.br

Autora: Daiane Deolindo Rosa